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domingo, 27 de novembro de 2011

Bem comum, um sonho possível.

Em cada tempo na história da humanidade, houve desafios imensos aos cristãos, houve tempo em que muitos derramaram seu sangue pela causa do evangelho.
Qual seria hoje o desafio a nós proposto pelo caminhar da história? Não seria acaso o combate (bom) contra toda forma de opressão e injustiça ao qual principalmente têm passado muitos pobres e marginalizados no Brasil e no mundo?
Tenho certeza que sim, e também acredito que a melhor forma da faze-lô, é através do engajamento político alicerçado nos valores do evangelho.
O campo da política necessita urgentemente da luz de Cristo (Lucas 8, 16) ficamos muito tempo dizendo e acreditando que “religião e política não se misturam”, enquanto isso pessoas inescrupulosas foram transformando a política na politicagem desmedida que ai está.
Se quisermos um mundo melhor, precisamos entender que não adianta ficarmos criticando, precisamos agir, e de maneira organizada. Esta é a missão do ministério de Fé e Política que por onde tem sido implantado, tem realizado este trabalho de Organização dos cristãos (formação, mobilização, engajamento) para pensar e agir, a política do ponto de vista da Doutrina Social da Igreja que nada mais é do que a promoção do Bem Comum.
A construção de uma política nova onde o bem comum seja a meta principal é dever e obrigação nossa (dos cristãos), se não fizermos, quem o fará?
Pode até haver outras pessoas aptas, mais não tenho dúvida que os cristãos  têm os atributos necessários à promoção do bem comum.
Mas repito isso só será possível através de nossa organização, a cada um será dado uma missão especifica segundo o chamado de cada um. (pregação, formação, mobilização, candidatura, interseção, etc.), tudo no mesmo espírito de união visando à glória de Deus e o bem comum.
Nosso sonho é ver nos governos, pessoas cheias do temor de Deus e de amor aos irmãos, pessoas despojadas que governem segundo os critérios do evangelho, para isto precisamos nos organizar e sonhar juntos, só assim o sonho poderá se tornar realidade.
Amém!


Adilson Aparecido Domingues
Coordenador Ministério de Fé e Politica - RCC Local
Araçoiaba da Serra

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

POLÍTICA, MORAL E ÉTICA

A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A atividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se suas ações, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bem público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem.
A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar à esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objetivo. Exerce assim, o que se convencionou chamar da "ética da responsabilidade".
E a ética da responsabilidade leva em consideração as consequências das decisões que o político adota. Em muitas ocasiões, o político pode ser colocado frente a dilemas morais para tomar decisões. Mas, o político ciente, de sua obrigação com a ética da responsabilidade, sabe que não deve subverter seus valores e, muito menos aqueles que apresentou para seus eleitores.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Postado por Adilson Aparecido Domingues

sábado, 12 de novembro de 2011

As Diretrizes de formação do Ministério de Fé e Política (MFP)

As Diretrizes de formação do Ministério de Fé e Política (MFP)
Conheça mais sobre o Ministério de Fé e Política (MFP).
1)    O que é o MFP:

Mediante a experiência com o divino nasce na pessoa a sua concepção do ser cristão. A partir do momento em que ela começa a se preocupar com o meio social, flui nela a consciência de cidadania, ficando inicialmente inquieta com as injustiças à sua volta, gerando, desta forma, a vontade de participar como agente transformador do processo democrático para contribuir na busca de uma sociedade mais justa e solidária.
Portanto, cabe ao MFP, na RCC, informar, motivar e estimular o aparecimento de “mobilizadores” que sejam agentes desta transformação social.
Numa seqüência quase natural, surgirão os vocacionados a participar do pleito eleitoral como candidatos a um cargo eletivo. E neste particular, o MFP estimula que se oportunizem programas de formação e estudos da Doutrina Social da Igreja (D.S.I.) para assessorar estes vocacionados para a vida pública.

2)    As diretrizes de formação do MFP ressaltam o compromisso:

•    com a autenticidade da prática da fé, com os valores éticos e evangélicos (a vida, a solidariedade, a justiça, a fraternidade, a coerência e a retidão);
•    com a construção de uma sociedade democrática, culturalmente plural, economicamente justa, ecologicamente sustentável, socialmente solidária e eclesialmente de comunhão e participação;
•    com o favorecimento de um espaço e mentalidade que dê condições de se relacionar com o diferente, fazendo a experiência da convivência, do diálogo e da tolerância para um relacionamento aberto ao pluralismo; e
•    com a ousadia de buscar saídas simples e coerentes para os problemas mais prementes do povo, principalmente os mais empobrecidos, apostando em caminhos novos e compromisso de proporcionar um acompanhamento sistemático e integral às pessoas que assumem conscientemente sua fé, atuando nas várias instâncias da realidade.

3)    Objetivo geral do MFP:

A partir destes compromissos o MFP tem o objetivo de evangelizar, formar e exortar a RCC a participar, com coragem e discernimento, da atividade política “para gravar a lei divina na cidade terrestre” (DEUS CARITAS EST).

4)    Linhas de ação do MFP:

Para efetivação deste objetivo é necessário traçar algumas linhas de ação:

•    formar a consciência cívica, ética e política dos cidadãos carismáticos;
•    evangelizar o meio público, a administração pública nas esferas municipal, estadual e federal;
•    levar a proposta de santidade para os cidadãos, para o meio público e para os políticos;
•    acompanhar o processo eleitoral e as atividades dos mandatários de cargos políticos, principalmente da RCC, pelo método VER-JULGAR-AGIR e REVER;
•    criar conselhos da RCC “in loco” para assessorar e acompanhar as atividades dos mandatários de cargos públicos (poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) incentivando a participação popular; e
•    elaborar seminários para cada instância (política cidadã, política técnica e política partidária).
(extraído do livro FÉ E POLÍTICA: NOÇÕES GERAIS E PROPOSTAS PARA A ESTRUTURAÇÃO DO MFP NAS DIOCESES DO BRASIL – Nascimento, M. et al – 2007)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Fé e politica

Fé e Política
Fui convidado a participar de um seminário sobre “Fé e Política” numa das paróquias de Belo Horizonte. Com tranqüilidade, sem fazer propaganda partidária ou proselitismo de qualquer espécie, defendi a importância da presença ativa dos cristãos na Política, inclusive através de mandatos populares e militância em partidos, sindicatos, associações, etc.
Durante o debate que se seguiu, uma pessoa da platéia questionou minhas idéias dizendo que a Igreja tem que cuidar das coisas do espírito, da alma, e deixar a política para os políticos.
A intervenção mexeu com o público, despertando olhares e comentários de aprovação ou contestação. Senti-me feliz. Nada pior que um auditório apático, desinteressado. Aproveitei a intervenção instigante e convidei os presentes a aprofundar a reflexão.
Comecei perguntando: a quem nos referimos quando falamos de Igreja? Naquele ambiente católico, seria ao papa, aos bispos, padres, ao clero? Quem ou o quê seria essa Igreja destinada a cuidar das coisas do espírito, isolada das grandes e pequenas questões que afetam o nosso dia a dia? Aliás, como separar as coisas do espírito do nosso cotidiano?

O debate pegou fogo com a platéia conversando entre si, opiniões as mais diversas sendo colocadas na roda. Em meio àquele burburinho, lembrei-me de uma aula na qual entrei na sala e escrevi no quadro a palavra IGREJA, sem dizer nada.
Após um breve tempo de silêncio; os alunos curiosos, intrigados; pedi que cada um fosse ao quadro e escrevesse, também numa palavra, a primeira idéia que lhe veio à mente ou ao coração, diante daquela expressão.
Depois de alguns instantes de hesitação, o primeiro corajoso foi ao quadro e escreveu: missa. Logo outro se seguiu e escreveu; alienação, voltando à carteira com um sorriso provocativo.
Logo o quadro ficou cheio de palavras retratando os mais diversos sentimentos e conceitos. Ao final, com a ajuda dos alunos, fui agrupando as palavras que tinham afinidade entre si. Em meio a tantas idéias, três prevaleceram: Igreja, na visão dos alunos, ou era uma INSTITUIÇÃO, ou um LUGAR ou uma COMUNIDADE. Lembrei-me de tudo isso numa fração de segundos e logo voltei a atenção ao debate que continuava agitado.
Pedi a palavra e contei essa experiência guardada na minha memória, concluindo: na minha infância ouvia muito a expressão de que tinha que IR À Igreja. No meu caso, era só atravessar a rua. Um gesto físico, num espaço geográfico.
O tempo e a espiritualidade me ensinaram, aos poucos; eu preciso SER Igreja. E aí, a trajetória, o itinerário é outro. Atravessar a rua dos meus preconceitos, das minhas dificuldades de relacionamento, das contradições do poder, das limitações humanas, tão presentes...
Olho, mais que isso, contemplo a platéia que me ouve em silêncio. Um sentimento fraterno, amoroso, aquece meu coração que reafirma: a Igreja somos nós, todos nós que professamos a mesma fé e somos discípulos seguidores de Jesus Cristo.
E é como cristãos, e portanto como Igreja, que nos fazemos presentes em todas as realidades humanas, inclusive na Política.
Reúno as idéias ali discutidas como aquelas palavras escritas no quadro da minha memória. Vejo-me professor, sem ser professoral, aprendendo com meus alunos. Concluímos: a experiência religiosa não acontece no vácuo. Ao contrário, ela sofre a influência de fatores culturais, sociais e também políticos. Um mandato político significa poder. E o poder, em si, não é uma coisa má. O que pode ser bom ou mau é a forma como se exerce o poder.

Para ilustrar isso, convido todos a ouvirem uma passagem do Evangelho. Fui até o ambão, peguei a Bíblia e li solenemente: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. Capítulo 3, versículos 1 e 2.
No oitavo ano do mandato de George Bush, sendo Luis Inácio Lula da Silva presidente do Brasil e Aécio Neves governador de Minas Gerais e seu aliado Pimentel, prefeito de Belo Horizonte. Sendo José Serra governador de São Paulo e Sérgio Cabral governador do Rio de Janeiro e sendo Bento XVI o Papa, foi nesse tempo que Deus revelou sua palavra a um grupo reunido no salão paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Conceição...” - Palavras das Salvação!

Ninguém respondeu. A primeira reação foi de silêncio e surpresa. Mas logo uma senhora deu uma gargalhada e mineiramente perguntou:
- “Uai, professor, que Bíblia é essa que o senhor arrumou?”

Passei o Evangelho a ela e pedi que lesse em voz alta o texto citado. Ela leu:
“No décimo quinto ano do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão, Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconítide; e Lisâneas tetrarca da Abilínia, sendo Anás e Caifás os sumos sacerdotes: foi nesse tempo que Deus revelou sua palavra a João, filho de Zacarias, no deserto”.
Não precisei comentar. A compreensão foi imediata. O Evangelista Lucas começa a narrativa da vida pública de Jesus situando-a no contexto histórico e, mais que isso, político, do seu tempo. A vida de Jesus também não acontece no vácuo. Ele se relacionou com personagens concretos, pessoas que exerciam o poder em seus diversos níveis, na Palestina de 2000 anos atrás.
Assim começou a vida pública de Jesus que vai terminar com uma sentença de morte, lá no final do Evangelho de João (Jo.19,12-16). Então vamos encontrá-lo sendo condenado sob a acusação política de ser um subversivo: Os judeus pressionavam Pilatos, dizendo:
“Ele se proclamou Rei. Não temos outro Rei senão César. Se soltas esse homem não és amigo de César. Quem se faz rei, vai contra César!”
E Pilatos, pressionado, amedrontado, “usa” o seu poder e condena Jesus à morte.
O poder PODE. Pode oprimir, explorar, ser usado em benefício próprio ou de grupos. Pode também ser colocado a serviço da dignidade das pessoas, da promoção da justiça, da distribuição justa de bens, oportunidades e direitos.
A Política pode ser a arte da construção do futuro, no aqui e no agora. E para construir um futuro que ainda não está pronto, é preciso, primeiro, aprender a APRENDER. E eu, como professor e cidadão, não posso, não tenho o direito de desistir de aprender para poder ensinar.
Aprender a construir com cada geração que passa pela minha sala de aula; que pode ser aquela, formal, com quadro e carteiras, ou essa crônica aqui partilhada; as ferramentas e sementes que possibilitarão a construção de uma realidade diferente da que está aí.
É o que minha Fé me ensinou. Sem ingenuidade ou alienação. Sem radicalismos, ironias ou desânimo. Como me ensinou também o mestre Libanio, quando diz: “o cristão é aquele que vê as coisas que todo mundo vê, mas de um MODO diferente...”
O olhar do cristão tem a marca da esperança, da utopia. E utopia cristã não é sonho impossível. É rumo. É para lá que somos chamados a caminhar. O olhar do cristão reconstrói e recria, todos os dias, essa utopia do rumo, da caminhada. E no caminho faz companheiros. A etimologia nos diz que companheiro é o que com-partilha o mesmo pão.
Alguém aí lembrou de mesa, de Eucaristia?
O olhar do cristão estimula a partilha do ter e do ser. Multiplica a palavra e a transforma em gesto. Pequenos gestos que vão construindo, na caminhada, a possibilidade de uma vida nova.
Vida nova... Alguém aí lembrou de Páscoa, de ressurreição?
Vida nova, um mundo diferente... E o que podemos ser e fazer diferente, como cidadãos, como nação? Podemos ser MAIS. Podemos ser melhores. Podemos ser Igreja.
Podemos ser cristãos, discípulos seguidores de Jesus de Nazaré. E seguindo-O, imitar sua ética, seus valores, seus gestos. Podemos nos inspirar nos seus sonhos e caminhar nos seus passos.
E assim, o mundo poderá ser melhor, porque nós passamos por ele e ajudamos a transformá-lo.
Inclusive com o nosso voto.

Eduardo Machado
Setembro 2008
 

Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil

Devemos lembrar que é importante fazer o bem
 
Que a nossa meta seja o amor! O amor cobre uma multidão de pecados, como ensina a Palavra de Deus. Jesus não quer que o vivamos de qualquer jeito, só da boca para fora. Deus não quer um amor fingido!

Amor fingido?! Isso existe?! Existe até demais! Nosso mundo prima pela aparência. Estamos numa sociedade muito frágil, que pôs os seus alicerces não na verdade, mas nas aparências.
Nesta sociedade, as coisas boas só valem a pena desde que sejam vistas, aplaudidas e tragam um retorno ainda maior para quem as fez. Isso não é amor, é comércio; e pode acontecer com cada um de nós se fizermos as boas obras esperando algo em troca.

O amor é gratuito. Não só é gratuito, mas nós o devemos a todos os que de nós se aproximam: "Não tenhais dívida alguma com ninguém, a não ser a de um amor mútuo, pois quem ama o seu semelhante cumpriu a lei" (Rm 13, 8-10).
Como termômetro da caridade devemos lembrar que é importante fazer o bem, mas ainda é mais importante querer o bem, que antes do "bem fazer" venha o "bem querer". Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil; nossas boas obras podem até ser aproveitadas por alguém, mas a nós de nada servirão diante de Deus.

O amor precisa ser a raiz de tudo o que fazemos. Como é que Deus nos ensina a amar? Ele nos ensina muito concretamente: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Nosso Pai está nos dizendo que para amar sem falsidade devemos fazer às pessoas tudo o que gostaríamos que alguém fizesse a nós e que não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem.
Parece simples, mas a nossa velha natureza, marcada pelo pecado, reage mal a essa proposta. Por isso, não podemos buscar as forças neste coração meramente humano, precisamos buscá-las no coração divino, que Deus plantou dentro de nós.
Para amar assim só com um novo coração. Todo batizado tem este "coração novo", o que precisa é usá-lo, exercitá-lo. "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros" (Rm 12,9).
Quando amamos de coração, o Espírito Santo, que em nós habita, é quem ama em nós. Por nosso intermédio passa o amor do próprio Deus. Nisso o nosso amor é diferente dos demais, por ser amor de Deus: Já não sou eu que amo, mas Cristo que ama em mim!
 
Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
29/07/2011 - 00h00

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Pregação tema – Libertos para Servir
Caríssimos,
Somos chamados hoje, a refletir sobre o tema: “libertos para servir” são apenas duas palavras, mas que representam muito em nossa caminhada cristã e são, à síntese de nossa relação com Deus.
                Deus porque nos ama, nos liberta e nós, porque amamos a Deus, o servimos de todo o coração, é uma via de mão dupla, é uma relação de amor entre pai e filho, como vemos na parábola do filho pródigo ( Lucas 15,11-32).
                Em Genesis cap. 1 a palavra diz que Deus nos criou a sua imagem e semelhança e nos deu dignidade de filho, toda a criação foi submetida a nós, teoricamente, não haveria mais nada a desejarmos afinal tínhamos tudo, só faltava uma “maçã” e nós fomos capazes de trocar tudo por uma insignificante “maçã”
                É desta estupidez que Deus quer nos libertar. Como é possível alguém em sã consciência trocar tudo por nada, é difícil acreditar mais é isto que acontece com cada um de nós, todos os dias somos tentados a trocar a graça de Deus por miseras “maças” que o mundo a todo o momento nos oferece.
                É neste contexto de caos que Deus em sua infinita misericórdia e amor vendo o ser humano perdido, envia seu Filho Único ao mundo para derrotar o mal e nos libertar de todo pecado.
                Teoricamente, todo ser humano está livre a partir do momento em que na cruz, Jesus derrama todo seu sangue redentor para salvar a humanidade, na prática o que resta é, fazer a experiência de ser banhado por este sangue libertador, e sentirmos a abundância deste amor de Deus em Jesus por cada um de nós.
                É por isso que estamos aqui, e participamos deste seminário, é por isso que a RCC existe, para levar ao ser humano a experiência do amor libertador de Deus.
Jesus é a verdade que liberta, diz o evangelho de São João 8, 32-36 (ler), em outra passagem do evangelho Jesus disse: -Eu sou o Caminho e Verdade e a Vida. (João 14,6)
É esta a graça que Jesus quer nos devolver a graça de termos a direção para caminhar, na verdade, com vida plena rumo à vida de Deus.
               Quando fazemos esta experiência então estamos libertos de toda ilusão deste mundo, isto é libertação, é ser livre dos apegos deste mundo e do egoísmo que nos fecha em nós mesmos, é ter visão, visão do mundo real e do mundo ideal ao qual Deus sonhou para todos nós.
Agora eu pergunto?
                Existe uma distância entre o mundo real e o mundo ideal? Como é possível diminuir está distância? Quem deve agir para que isto aconteça?
                Estas são perguntas que devemos responder para nós mesmos, e toda pessoa liberta por Jesus tem as respostas.
                Como no início dissemos que as duas palavras do tema de hoje “libertos para servir” reflete uma relação entre Deus e o homem, podemos perceber que por enquanto falamos somente da atribuição de Deus nesta relação que é libertar seu povo.
                Agora precisamos falar da nossa parte que é Servir a este Deus, por isso tomemos a palavra em Romanos 6, 18 e 22ª que diz que somos libertos para servir em Justiça e Santidade. Esta deve ser a nossa parte nesta relação de amor com Deus.
Deus nos ama libertando-nos e nós o amamos servindo-o, isto é tão sério que quem não serve quem não se coloca a serviço do Senhor para instaurar seu Reino aqui na terra e não coloca seus dons a serviço do irmão não está liberto, não vive a liberdade de filho de Deus. Existe até um ditado que diz:- Quem não vive para servir não serve para viver, é forte mais faz sentido.
Você pode se perguntar como Maria perguntou ao anjo:- como se dará isso, pois não conheço homem? (Lucas 1,34). Como vou servir? não sei como, nem o que fazer, mais da mesma forma que o anjo disse a Maria eu lhe digo:
- O Espírito Santo virá sobre ti...
Maria sem conhecer todo plano disse: -Eis aqui a serva do Senhor faça-se em mim a sua palavra e mais, disse aos serventes nas bodas de Canaã: - Fazei tudo o que Ele vos disser portanto, para sermos servos bastas ouvirmos a vós de Jesus através da sua palavra.
A palavra de Deus diz:- Deus escolhe os fracos para confundir os fortes, e hoje Deus chama você a servir com aquilo que você tem de melhor, cada um tem um dom, um talento em especial que se colocado a serviço de Deus será de grande importância no plano de salvação que Ele tem para a humanidade e quer contar com você.
Fazem mais de 2000 anos que Jesus se deu na cruz para nos salvar e se estamos aqui, é por que muitos se dispuseram a servir. Façamos o mesmo para que a igreja de Deus continue a anunciar e proclamar a palavra e o amor de Deus a toda a humanidade, Nunca a igreja precisou tanto de servos, pense nisso, o próprio Jesus disse: - “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mateus 20,28). Ame a Deus, Sirva!                                                        
Amém!

Adilson Aparecido Domingues
Ministério de Fé e Politica
RCC - Araçoiaba da Serra